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segunda-feira, 7 de maio de 2012

(Visão) Mentira?

Se fosse, ela cairia... Em mais um altar, no buraco que a vida a levou, transformou. Mas se, não se, quase que sim, um paralelo meio de carencia, uma física de palavras.
Se há? Não há! Ela voaria... Em mais um cenário, nas cortinas que a vida envergonha, criadora. Mas o quê, não o que, quase que ser. Ah, ah!
Pontos, no raço de longe, como mentira - Verdade? Pulsação em questão, troca de mantimento emocional, o ser sem racional. Só mau, mal.
Acabar, uma divina, uma vida, uma letra, acabar um começo, do final, do próprio começo.
Acabar... Ah, ah!... Com um adeus.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Retrato de um sorriso de dor.

Essa pintura de falsidade que enobrece meus olhos, esse ser tão misterioso que vaga no ar. Nem Mona Lisa conseguiria ser tão inexpressiva... Excêntrica. Essa tinta neutra que dá acabamento nesse não realismo cósmico, cosmético.
Há uma dor que cobre todo seu desespero, ela te cria e ela te investiga, o seu futuro de alegrias que enriquecem o seu passado de falsas tristezas, os olhos de tua serpente mordem sua alma. O veneno escorre por entre seus pés e você precisa abrir novamente o ferimento, um calmante para se esquecer do pior. Mas o pior sempre estará ao seu lado, te comendo com a delicadeza de uma pena, com o sabor de uma língua furada... Ensanguentada.
Seu segredo de antemão, sua caixa de nervosismo, você pode imaginar o quão pode ser perigoso, como a morte não pode existir, como essa vitamina de suor não pode conter. Seu sono te devora, morde seus sonhos e matam seus pecados.

sábado, 14 de abril de 2012

A Vigiadora

Olhou até que o sol ousou brigar com a noite para tomar seu lugar. Os pontos de sua cabeça invertida soaram como cobras enjauladas, ela continuou olhando até chegar em casa.
Não sei se foi à noite, não sei se foi o dia- Sei que o fogo queimou seus olhos, suas glórias depois milênios de pura indolência, de pura vaidade- Ela vigiava até Cristo, e agora ela anda no escuro, vigiava o diabo.
Ela quis morrer, mas as cores, as fotos que vagavam na sua cabeça continuavam lá. Assim ela permaneceu- Com os fogos nos olhos...
Vigiando seus pensamentos.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A sombra da alma . . .

Talvez eu seja mais uma sombra, um gato numero 13 amedrontado.
O sol re ignora, pisam mesmo que você não se importe, mesmo ainda que você esteja lá, preso num corpo que só te faz morrer, envelhecer, desaparecer.
Talvez o fogo que ascende não queima, não machuca, te torna forte- mas fraco, talvez poeira, um segredo, um poema.
Um sopro de vida imaginaria- vague... Vague... Vague...

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Voz, Letra e Marcação


Não há ninguém- Para mim.
"Cansado" de estar cansado.
Quase perdendo o controle, gostaria de voltar- Há muito tempo, muita revolta, muito medo.
É tão difícil se conceder? Quero sorte, não preciso de que latem para meu osso, meu sossego.
Gritos- Baixos que me assombram. Eu gosto.
Muito medo, do que há por estar. Não tenho tanto medo, apenas não me deixo importar.
Preciso mais do frio que segure meus olhos, preciso mais do fogo- Que queime os inimigos.
Deixo-me entrar, para o lado de fora. Não confunda minha cabeça, há fumaça de desentendimento no ar.
Talvez eu tenha ou não tenho- Eu talvez não necessite, mas quero- Deixo minha vontade sangrar. Eu tenho receio.
Há um lugar aonde nunca coloquei meus pés, meus pensamentos nem chegaram lá. Será que daqui dois minutos? Ou talvez, acho que seja "nunca"- Quero estar lá.
Perdido, piedade de quem volta para me buscar.
Deixe-me aqui e não entenda, nunca me veja cair.
Vagamente nos meus dois conselhos, não há conselhos- Mas quero-te-los. Piedade, talvez. Nunca!
Agora o que é que faço? O nada não se descansa enquanto não desintegra minha cabeça morta- De gelo- Até que produz voz, letra e marcação.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Toujours

Colocaram-me numa pilha de tijolos, me enganaram até que me derrubou num vão de absurdos que só me mostram consequêcias- Eles sabem que estou na beira de um amor de vinho- Vinho de sabor de sangue, exuberante sabor. Por quê? Realmente estou longe do que preciso.
Uma comoção de remédios, drogas de cristal que vazam pelo meu corpo como bactérias- Desiludido, vivo, mas morto- Morto pelas minhas próprias vontades.
Ou sentimento?
Não sei por onde anda minha cabeça.
Talvez ela só esteja esperando você vir e buscá- la.
Socorro! Encontraram-me. Só te deixo palavras e um até logo. Mesmo morto, acredite! Você ainda fazerá parte de lembranças minhas (nossas). Irei vagar e vagar até que você morra e esteja nesses confins de ilusões- Paz. Eternamente!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sentidos

Vamos, não há sentido, não há razão. Eu preciso de algo que me mostre a transparência das virtudes aqui presentes, eu queria um poder, uma força que me desse o prazer de conhecer a realidade. Eu vivo num mundo de outros, ou vivo no meu?
Há um ligamento de cabeças soltas no meu armário se perguntando por que as tranquei lá no fundo da ignorância, eu não tive explicações exatas, eu só tive um pouco de medo, eu não sinto medo- Eu só demonstro o que não há condições de se aguentar vivo.
Eu chorei, eu estava sorrindo, agora estou a poucos segundo de me manter bravo, e há duas horas de estar cansado e sonolento a ponte de... A ponto de... Matar um ser imaginável que roda dentro do meu cérebro, eu já disse que o mundo só passa de um pensamente retardado, inquieto de uma força mais que nos cria por que não temos condição de pensar da maneira escrita, outros nem conseguiriam entender o que exclamo o tempo todo e respondo com toda sinceridade, ou não?
Deixei meus versos na entrada de um altar, lá perto do paraíso que todos sonham, no céu que cada um produz, eu poderia estar morto e vocês malucos, ou vivo de arrependimento de não ter usado a faca na semana passada, ou uma corda por entre as membranas plasmática de uma célula que se determina assexuada. Eu poderia ser a célula de um gigante, de uma palavra pelo universo de letras, estou vendo meus pretextos, minhas condições diárias de pesadelos sórdidos.
Vamos, me diga se você está aqui. Prove e me diga mil razões, talvez eu acredite, ou não?
Estou tão presente no seu mundo como você não esta no meu, está por estar, viveu por viver, morreu por morrer... Ou não?