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domingo, 5 de fevereiro de 2012

TELEGRAMA DE MORTE'

No portão principal, no terceiro degrau de cima para baixo ou de baixo para cima, poderia ser oito e um ou sete e cinquenta e nove, mas felizmente era apenas oito horas. A porta se abre um suspiro de inquietação no ar dessas cuja primavera sombria onde a noite foi calma até então um papel naquele mesmo degrau e do mesmo portão cai do andar de cima, cujo andar é o segundo a cima do principal, cujo é o de sempre que me lembro, cujo é de sempre e sempre meu e de mais ninguém.
As casas são listradas conforme o vento deseja, o céu é ainda o de outono que deixou marcas no lado de trás daquele papel de perfume surpreendente ou talvez de velhice de cabeceira de insônia. Qual é a mensagem dessa minha curiosidade eu não deve explicar, mas ao abrir se torna insatisfeito para o que esperamos, um choro no andar de cima e um grito do quintal ao lado. É o que preciso para viver em paz? Deixo meus pés se levantarem e deixo a dor de cabeça passar, enquanto subo as escadas com o motivo em mãos e uma rosa na mesa do lado, colhida pela dona do estabelecimento caro um dia antes. Subindo e subindo até chegar da esperada porta com bonecas pelo chão de fora como vejo torturadas, três toques na campainha e finalmente a dama esperada com um a fúria em seus olhos e um rapaz alto no fundo da sala chorando de raiva, sei que era um e seus filhos.
Descendo e descendo sem muito esforço para me sentar no sofá perto da minha escrivaninha desenhada por mim, um e dois gritos no andar de cima ainda não me deixam ler em paz. O que será? O que foi que aconteceu? Passam se os minutos e o silêncio voltam ao meu conforto outra vez, um leve respiro da janela do meu quarto e um cheiro de revolta no ar, uma noite paz para alguns se torna pesadelos para outros quando não sinto, mas escuto tiros de insatisfação materna naquele mesmo andar onde eu mesmo entreguei um papel, uma carta um telegrama sobre o amor de um jovem homem ao outro rapaz sonhador e melancólico no fundo da sala. A policia chega e sem saber nada, também nem pergunto- O jovem vira noticia do bairro, da cidade, chega à TV no outro dia, ele morre por suas escolhas, cuja à senhorita de fúria nos olhos é a autora tamanha ofensa à história da minha vida.
Por que esse mau entendimento, por que isso meu Deus? Ou pergunto apenas para o céu vazio e cru? Deixe me respirar novamente e esperar. Essas lagrimas que vieram por meio de emoção de alguns momentos se tornam lagrimas de tristeza. Eu o homem a qual lhe escreveu esse papel consumido pelo ódio, infelizmente lido pela tal cidadã animal e sem responsabilidade de seus atos mata meu único amor, meu único anjo. Desculpe, mas agora as nuvens me esperam para minha caminhada de adeus, outro telegrama aos meus amigos fiéis, agora quem parte desse mundo de confusões sou eu. Desculpe nada a fazer.

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