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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Voz, Letra e Marcação


Não há ninguém- Para mim.
"Cansado" de estar cansado.
Quase perdendo o controle, gostaria de voltar- Há muito tempo, muita revolta, muito medo.
É tão difícil se conceder? Quero sorte, não preciso de que latem para meu osso, meu sossego.
Gritos- Baixos que me assombram. Eu gosto.
Muito medo, do que há por estar. Não tenho tanto medo, apenas não me deixo importar.
Preciso mais do frio que segure meus olhos, preciso mais do fogo- Que queime os inimigos.
Deixo-me entrar, para o lado de fora. Não confunda minha cabeça, há fumaça de desentendimento no ar.
Talvez eu tenha ou não tenho- Eu talvez não necessite, mas quero- Deixo minha vontade sangrar. Eu tenho receio.
Há um lugar aonde nunca coloquei meus pés, meus pensamentos nem chegaram lá. Será que daqui dois minutos? Ou talvez, acho que seja "nunca"- Quero estar lá.
Perdido, piedade de quem volta para me buscar.
Deixe-me aqui e não entenda, nunca me veja cair.
Vagamente nos meus dois conselhos, não há conselhos- Mas quero-te-los. Piedade, talvez. Nunca!
Agora o que é que faço? O nada não se descansa enquanto não desintegra minha cabeça morta- De gelo- Até que produz voz, letra e marcação.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Toujours

Colocaram-me numa pilha de tijolos, me enganaram até que me derrubou num vão de absurdos que só me mostram consequêcias- Eles sabem que estou na beira de um amor de vinho- Vinho de sabor de sangue, exuberante sabor. Por quê? Realmente estou longe do que preciso.
Uma comoção de remédios, drogas de cristal que vazam pelo meu corpo como bactérias- Desiludido, vivo, mas morto- Morto pelas minhas próprias vontades.
Ou sentimento?
Não sei por onde anda minha cabeça.
Talvez ela só esteja esperando você vir e buscá- la.
Socorro! Encontraram-me. Só te deixo palavras e um até logo. Mesmo morto, acredite! Você ainda fazerá parte de lembranças minhas (nossas). Irei vagar e vagar até que você morra e esteja nesses confins de ilusões- Paz. Eternamente!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sentidos

Vamos, não há sentido, não há razão. Eu preciso de algo que me mostre a transparência das virtudes aqui presentes, eu queria um poder, uma força que me desse o prazer de conhecer a realidade. Eu vivo num mundo de outros, ou vivo no meu?
Há um ligamento de cabeças soltas no meu armário se perguntando por que as tranquei lá no fundo da ignorância, eu não tive explicações exatas, eu só tive um pouco de medo, eu não sinto medo- Eu só demonstro o que não há condições de se aguentar vivo.
Eu chorei, eu estava sorrindo, agora estou a poucos segundo de me manter bravo, e há duas horas de estar cansado e sonolento a ponte de... A ponto de... Matar um ser imaginável que roda dentro do meu cérebro, eu já disse que o mundo só passa de um pensamente retardado, inquieto de uma força mais que nos cria por que não temos condição de pensar da maneira escrita, outros nem conseguiriam entender o que exclamo o tempo todo e respondo com toda sinceridade, ou não?
Deixei meus versos na entrada de um altar, lá perto do paraíso que todos sonham, no céu que cada um produz, eu poderia estar morto e vocês malucos, ou vivo de arrependimento de não ter usado a faca na semana passada, ou uma corda por entre as membranas plasmática de uma célula que se determina assexuada. Eu poderia ser a célula de um gigante, de uma palavra pelo universo de letras, estou vendo meus pretextos, minhas condições diárias de pesadelos sórdidos.
Vamos, me diga se você está aqui. Prove e me diga mil razões, talvez eu acredite, ou não?
Estou tão presente no seu mundo como você não esta no meu, está por estar, viveu por viver, morreu por morrer... Ou não?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SONO ETERNO

Sempre há uma vontade de respirar, à vontade, com o ar só pra mim. Preciso de segurança de meus atos, preciso manter a calma das lembranças, estou acordado, estou morrendo.
Sem ressentimentos, sempre há uma oportunidade de recomeçar, sempre existe o não. Mas eu só preciso de algumas palavras, preciso de mais uns minutos, até que meu corpo se canse e minha sombra desaparecerá, minha alma voará o mais longe, no além de todas as perdas.
Então, eu peço uma segundo, pra perdoar e ser perdoado, pra esquecer o que há de ruim nessa tempestade toda. Um segundo é pouco, mas para mim é como se fosse uma eternidade.
Ajude-me, te amo.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

TELEGRAMA DE MORTE'

No portão principal, no terceiro degrau de cima para baixo ou de baixo para cima, poderia ser oito e um ou sete e cinquenta e nove, mas felizmente era apenas oito horas. A porta se abre um suspiro de inquietação no ar dessas cuja primavera sombria onde a noite foi calma até então um papel naquele mesmo degrau e do mesmo portão cai do andar de cima, cujo andar é o segundo a cima do principal, cujo é o de sempre que me lembro, cujo é de sempre e sempre meu e de mais ninguém.
As casas são listradas conforme o vento deseja, o céu é ainda o de outono que deixou marcas no lado de trás daquele papel de perfume surpreendente ou talvez de velhice de cabeceira de insônia. Qual é a mensagem dessa minha curiosidade eu não deve explicar, mas ao abrir se torna insatisfeito para o que esperamos, um choro no andar de cima e um grito do quintal ao lado. É o que preciso para viver em paz? Deixo meus pés se levantarem e deixo a dor de cabeça passar, enquanto subo as escadas com o motivo em mãos e uma rosa na mesa do lado, colhida pela dona do estabelecimento caro um dia antes. Subindo e subindo até chegar da esperada porta com bonecas pelo chão de fora como vejo torturadas, três toques na campainha e finalmente a dama esperada com um a fúria em seus olhos e um rapaz alto no fundo da sala chorando de raiva, sei que era um e seus filhos.
Descendo e descendo sem muito esforço para me sentar no sofá perto da minha escrivaninha desenhada por mim, um e dois gritos no andar de cima ainda não me deixam ler em paz. O que será? O que foi que aconteceu? Passam se os minutos e o silêncio voltam ao meu conforto outra vez, um leve respiro da janela do meu quarto e um cheiro de revolta no ar, uma noite paz para alguns se torna pesadelos para outros quando não sinto, mas escuto tiros de insatisfação materna naquele mesmo andar onde eu mesmo entreguei um papel, uma carta um telegrama sobre o amor de um jovem homem ao outro rapaz sonhador e melancólico no fundo da sala. A policia chega e sem saber nada, também nem pergunto- O jovem vira noticia do bairro, da cidade, chega à TV no outro dia, ele morre por suas escolhas, cuja à senhorita de fúria nos olhos é a autora tamanha ofensa à história da minha vida.
Por que esse mau entendimento, por que isso meu Deus? Ou pergunto apenas para o céu vazio e cru? Deixe me respirar novamente e esperar. Essas lagrimas que vieram por meio de emoção de alguns momentos se tornam lagrimas de tristeza. Eu o homem a qual lhe escreveu esse papel consumido pelo ódio, infelizmente lido pela tal cidadã animal e sem responsabilidade de seus atos mata meu único amor, meu único anjo. Desculpe, mas agora as nuvens me esperam para minha caminhada de adeus, outro telegrama aos meus amigos fiéis, agora quem parte desse mundo de confusões sou eu. Desculpe nada a fazer.

- Presente'

É tão incomum que te deixa sem expressão, um motivo de razão emocional, uma razão de compartilhar arrependimentos passados, alegrias futuras. Depois de um tempo, comum, pra você e para todos, comum como beber água, estamos acostumados, até deixamos de lado como foi importante o motivo dado.
Esquecer? Imagina esquecer tamanha delicadeza de alguns a te dar algo, precioso ou não, não importa, não merece esquecimento por seu vazio interior, exterior para poucos. Deixe fluir o que te interessa, e o que é ruim, tente, apenas.
Sorrisos, abraços, olha o que você menos esperava, olha o que você esperava e sorriu para não ser mal compreendido, não pense mal. Foi apenas o que pode ser feito, o que você merece para cada pessoa, você é o que eles querem, você aceita, fica na espera do que eles também merecem, será o mesmo que você?
Pense, talvez não quisesse aceitar, ofensa talvez, mas receber, agradecer, mesmo por medo, causa o melhor no outro, você foi bom, mesmo mau por dentro. ''O que vale mesmo é a intenção'' tamanha falta de prestígio, acalme- se chegará sua vez de dar seu mérito de esforço para o outro, crianças nunca recebem o que querem, mas convivem no comum ao decorrer da vida, até que quebram ou guardam até velhos.
Talvez dar por querer em troca seja mesmo uma perdição, que pena, mas para que então dar o que não quer? Uma porcaria talvez, mas você se acostuma, a vida é essa: receber, fingir, dar e merecer. Acabou, seja como puder, você ganhou. Outros nem reclamariam, pensariam nisso.