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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Banheiro

Enfim, em casa!
Não preciso respirar mais ignorância do lado de fora da vida, estou pronto para não deixar a vida me destruir nesses laços escuros no fundo desse azulejo branco, transmite elegância pra essa moradia de meio da via paralela, onde as ruas já sofreram demais por não serem asfaltadas.
Essa magoa que corrói os fios negros do meu imaginário ainda se sentem cansadas de terem como dono um súdito de tamanha profundidade que não diz respeito ao que escreve, mas ao que sente no momento exato de expressar- se. Nesse meu palácio de lágrimas secas, nesse meu canto do momento que me proporciona solidão, nesse terreno de armadilhas que ninguém repara pra imaginar como a vida é feliz, só param e olham o teto, a luz, e refletem no quanto ainda resta pra ser feliz, mas não resta nada pra viver. Que tempestade é essa que no meio de tanta desordem descomunal se torna lamentos filtrados pelo barro que se encontra no sentido de saúde para muitos, e para outros é um excessivo mérito de sabor e saber.
No reflexo de feiúra um lindo monstro se torna invencível por tamanho azar, o dentes finos que conversam com nossos cabelos de aço parece ouro quando tudo parece uma porcaria escondida atrás de outra perdição. Você abre o desperdício ou limpa seus princípios de pessoalidades, quem nunca imaginou que você já se esqueceu ou teve má força de vontade pra deixar de uma única vez esse privilégio de lado. Você apenas quer ser alguém, ou não deseja ser nada.
Derrame cerebral ou parada cardíaca, fatos que uma risada de esperança nunca se perde no meio dos trovões do escuro leito de partida, eternamente em paz, ou não. Meu receio me domina quando aperto aquilo que leva todo o nojo que o corpo não precisa ou sua fome pode te fazer pecar nas devidas maneiras de cidadania, todos são capazes que fabricar sentimentos que ao longo de uma vida de ilusões e promessas se viram contra você e a dor do sentimentalista se da de costas por você, se esquece, e quando menos se espera essa dor passa a ser fisiológica, como é bom sentir o cheiro de morte no ar transparente que vaga com vivacidade por todos que não ligam por uma partícula que ele não pesa.
Nos braços de quem te ajuda na mente de quem te absorve cada hora a mais, eu acho medonho como as vírgulas me odeiam e querem me atrapalhar por cada objetivo meu. Nesse mesmo espaço, com o cheiro neutro nos olhares, com o som das folhas que vivem pouco e com a presença da alma que se lembra de você quando apenas tem vontade de se levantar e reagir, e quem não quer? Nós não gostamos de nos perguntar. Com a marca do leito vermelho que passa entre as indústrias do corpo, registramos ideias e conversamos com essas palavras, nem elas entendem o que você quer dizer, mas para que? Dessa vez sem respostas nesse mesmo ambiente de impiedade emocional, que transforma o chão que todos ignoram num abraço com a terra, numa geração de ventos fracos. Quem me disse isso? Eu mesmo!

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