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sábado, 14 de janeiro de 2012

Vida'

Morri, e morrerei milhões de vezes. Torno-me pó, me considero inútil. Da minha vasta carne se torna ossos, dos meus ossos o pó que respiro, partículas se multiplicam no ar e cada vez mais e mais me compõem de novo. Será que poderei lutar contra mim mesmo outra vez? A que família irá partilhar minhas desgraças? Gostaria de me encontrar com o mar.
Morri, e lamentos de dor por culpa de minha autoria, vagos pensamentos meus, o comentário de bocas que me perderam. Espero que o tempo de minha ressurreição não seja pleno, ainda quero "poder" nessas palavras mal escritas.
Acredito que lembranças de minhas tempestades de males ou furacões de minhas bondades afastados de meu pranto sejam feridas de outro passado. Morri, e morrerei milhões de vezes.
Hoje é madrugada de minha assombração pertencer à vida, uma chance ou de volta a pagar no inferno? Minhas feridas foram apagadas por obra do destino, e nada mais ousaria em tocá- los novamente. Deixe morrer em paz.
Morri- o pó do pó no espaço, no mundo. Morri, e minhas lembranças ficaram a quem me pertence sentimentos. Morri, e minha alma vagará e nos súbitos momentos ela se encontra na vasta imensidão dessa profundidade prazerosa. Morri, todos os acontecimentos se encontraram, uma nova dor nasce, outra alegria, outra tristeza, perdões e etc. Eu nasci de novo, ou nunca tinha nascido antes, por ordem do meu espaço de ilusões, correndo pelas letras de cada texto morto, ou vivo. Nasci, e nascerei milhões de vezes...

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